* Por Fabrício de Oliveira
Por que ir ao psiquiatra? Acreditamos que você já tenha se feito essa pergunta ao menos uma vez.
Por que ir ao psiquiatra?
Cresci escutando a frase: “Psiquiatra é médico de louco”. Na realidade, psiquiatra é um médico que trabalha, sobretudo, com problemas emocionais, sendo que estes podem ser de vários tipos: transtornos ansiosos, depressivos, do sono, psicóticos, entre outros. O que as pessoas não sabem é que 80% dos pacientes que procuram meu consultório apresentam problemas relacionados à ansiedade, irritabilidade, tristeza e cansaço físico e mental.
Atualmente, quem pode dizer que não apresenta alguma dessas queixas em maior ou menor grau? Não poderia ser diferente. É raro quem não enfrenta problemas cotidianos de insegurança, dificuldade de sobrevivência, falta de trabalho (ou ameaça de sua perda), incerteza quanto ao retorno positivo dos esforços profissionais, competitividade profissional e social, compromissos sempre mais exigentes, perspectivas negativas para o futuro, e assim por diante.
Quer dizer que todos que sofrem de estresse devem procurar um psiquiatra?
Não, mas todos deveriam procurar medidas que diminuam o impacto do estresse diário. A realização de atividades físicas de forma adequada e regular e uma alimentação saudável podem trazer muitos benefícios. A prática de atividades religiosas já é comum e, cada vez mais, estudos científicos estimulam que essas sejam feitas.
Infelizmente é frequente que se encontre quem esteja tão exausto que a mudança do estilo de vida lhe pareça impossível. Algumas das pessoas que passam por isso, podem estar, por exemplo, com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Sintomas típicos associados ao TAG são: medo; ansiedade e preocupação generalizados; cansaço físico e mental; dificuldade de concentração; tensão muscular; irritabilidade; sono de baixa qualidade.
Todos nós podemos apresentar sintomas ansiosos e depressivos, sem que esses representem necessariamente um transtorno psiquiátrico. Mas se os mesmos estiverem ocorrendo de forma muito intensa ou por longo período, é recomendado que procure seu médico de confiança. Caso ele o encaminhe para o psiquiatra, não estranhe tal atitude, pois saiba que um tratamento bem conduzido pode trazer diminuição significativa do sofrimento emocional.