Dicas para traçar metas

Novo ano, novas metas ou as mesmas do ano anterior que não foram cumpridas (quem nunca?).

* Por Laís Helena Pereira

Dicas para traçar metas

Novo ano, novas metas ou as mesmas do ano anterior que não foram cumpridas (quem nunca?).

Primeiramente, traçar metas é uma estratégia interessante para modificar comportamentos, desenvolver novos hábitos, alcançar outros patamares na carreira e na vida de modo geral. Diferente dos desejos as metas são ferramentas que direcionam o planejamento e auxiliam no monitoramento do processo. Porém, ter uma meta e não chegar até ela é bastante frustrante! A fim de evitar que isso aconteça é preciso elaborar metas realistas que fazem sentido para a sua vida. Desconsidere metas prontas, generalistas, que estão “na moda” busque aquilo que se encaixa nas suas necessidades e condições de execução. Caso tenha dificuldade de identificar o que faz sentido para você, busque um processo psicoterápico, invista no seu autoconhecimento antes de tudo!

Técnica SMART

Para facilitar o processo conheça a técnica SMART que orienta a definição de metas em 5 passos:

S – eSpecífico: detalhar, operacionalizar a meta. Ex.: Ler 4 livros ao invés de ler mais.

M – Mensurável: pensar em como será possível medir o seu progresso ao longo do tempo. Ex.: Ao final de cada mês checar quanto já leu.

A – Alcançável/Atingível: pensar nas habilidades necessárias para alcançar a meta, você as tem?  Ex.: Você sabe ler? E nas variáveis envolvidas para praticar as ações necessárias. Ex.: como conseguir os livros, onde vai ler, é possível encaixar a leitura na sua rotina?

R – Relevante: nesse passo você vai buscar a resposta para a seguinte pergunta: porque isso é importante para mim? Ex.: importante para que eu tenha mais atividades de lazer e diminua o tempo no celular.

T – Tempo: aqui você vai pensar num prazo para alcançar a meta. Ex.: até 31/12/2022.

Ter uma meta bem definida, afinada a sua realidade e possibilidades é o primeiro passo para alcançá-la!

Por que falar sobre AVC?

Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como Derrame, é o termo que define doenças que cursam com lesão súbita ao Sistema Nervoso Central, de causa vascular.

* Por dra. eliza teixeira da rocha

Outubro é o mês escolhido para a Campanha Mundial de Conscientização do AVC. Porém, esse é um assunto que deve ser conversado diariamente com nossos pacientes, familiares e amigos. O motivo é que o AVC pode acontecer com qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Dados recentes da World Stroke Organization, organização internacional que coordena as ações de educação, prevenção e tratamento do AVC, demonstram que a cada 4 pessoas no mundo todo, uma terá um AVC ao longo de sua vida.

E mais, o AVC é a segunda causas de morte no mundo e a primeira causa de incapacidade. Portanto, é essencial reconhecer o AVC, saber que AVC tem tratamento e tomar medidas para prevenir o AVC. E é sobre isso que vamos conversar um pouco agora.

AVC

Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como Derrame, é o termo que define doenças que cursam com lesão súbita ao Sistema Nervoso Central, de causa vascular. Ou seja, ocorre por um distúrbio do suprimento sanguíneo, seja por redução ou ausência de fluxo sanguíneo. Seu conceito inclui AVC isquêmico que representa o tipo mais comum, e ocorre por obstrução de um vaso que irriga o cérebro e AVC hemorrágico, causado por sangramento dentro ou ao redor do cérebro, o que também determina uma redução do fluxo sanguíneo naquele local.

AVC tem tratamento?

Nos últimos 25 anos o AVC passou de uma doença sem tratamento, em que assistíamos à evolução natural sem poder fazer qualquer intervenção, para uma situação médica com tratamento efetivo, em que se consegue mudar a evolução natural dessa doença catastrófica.

Entre os tratamentos disponíveis está a Trombólise Intravenosa e Trombectomia Mecânica, que tem como objetivo destruir o coágulo que impede o fluxo sanguíneo no cérebro. Esse tratamento é aplicável apenas aos pacientes com AVC do tipo isquêmico. Porém é essencial para isso que o paciente seja levado rapidamente para um hospital! O tempo para se iniciar o tratamento desde o início dos sintomas são 4.5 horas para a Trombólise Intravenosa e um tempo um pouco maior para a Trombectomia Mecânica. Antes de se iniciar esse tratamento, é necessário avaliar vários critérios para definir se o paciente com AVC poderá receber esse tratamento. E para isso o hospital deverá contar com uma equipe especializada no tratamento de AVC. Mas independentemente do tempo dos sintomas, todos pacientes deverão ser levados para o hospital. Existem outros cuidados, tanto para AVC isquêmico como para o AVC hemorrágico que tem como objetivo reduzir o tamanho da área de lesão cerebral e logo reduzir as sequelas que essa doença poderá determinar. Além disso, será durante a internação que se iniciará a reabilitação e os exames para entender qual a causa do AVC.

Reabilitação é essencial. O paciente com algum déficit após um AVC poderá melhorar em semanas a meses. Mas para isso, o trabalho da Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicologia são fundamentais. E quanto antes iniciado a reabilitação, maiores as chances de recuperação.

É importante entender o AVC como consequência de alguma perturbação no fluxo sanguíneo cerebral. Definir a causa dessa alteração do fluxo sanguíneo através de exames complementares, incluindo estudo cardíaco e vascular, é essencial para ser planejado um tratamento eficaz e seguro, com objetivo de reduzir o risco de um novo episódio de AVC.

Quais os sintomas de AVC?

E já que falamos que AVC é uma condição comum, que tem tratamento eficaz e precisa ser reconhecido rapidamente, quais são os sinais e sintomas que o paciente apresenta quando está apresentando um AVC? São eles: perda de força ou sensibilidade em face, braço, perna – principalmente quando apenas de um lado do corpo; fala confusa ou inapropriada; distúrbio da visão; alteração da maneira de caminhar, desequilíbrio, prejuízo na coordenação motora ou vertigem; dor de cabeça de forte intensidade sendo todos esses sintomas de início agudo, ou seja, que se iniciaram em poucos segundos a minutos. Na presença de qualquer um desses sintomas, o SAMU deverá ser acionado pelo telefone 192. Aja rápido! Tempo é cérebro! Não fique em casa! Procure um hospital!

Como prevenir o AVC?

Porém, ainda mais importante que tratar o AVC, é prevenir que ele aconteça. Um grande estudo que aconteceu em 22 países, acompanhando paciente com e sem AVC, demonstrou que se pudéssemos corrigir os fatores de risco para o AVC, evitaríamos 90% dos casos de AVC. Entre essas intervenções que poderiam reduzir substancialmente os casos de AVC, está o controle adequado da Hipertensão Arterial, cessar tabagismo, promover atividade física e uma dieta saudável.

Também essencial é o acompanhamento médico regular para iniciar as intervenções citadas anteriormente quando necessárias e a realização de exames complementares com objetivo de reverter condições clínicas que aumentam o risco para AVC.

Referências:

Referência:

1 – https://www.world-stroke.org/;

2 – https://www.stroke.org/en/about-the-american-stroke-association/world-stroke-day;

3 – William J. Powers. Guidelines for the Early Management of Patients With Acute Ischemic Stroke: 2019 Update to the 2018 Guidelines for the Early Management of Acute Ischemic Stroke: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association 2019.

01 ano de Clínica Rezende

Assista ao vídeo do Dr. Alexandre de Rezende, psiquiatra da Clínica Rezende, falando sobre o primeiro ano de trabalho da Clínica.

Assista ao vídeo do Dr. Alexandre de Rezende, psiquiatra da Clínica Rezende, falando sobre o primeiro ano de trabalho da Clínica: repleto de realizações, conquistas e desafios.

Tratamentos adequados, mais efetivos e para os mais diversos transtornos mentais, atendimento humanizado e equipe multidisciplinar.

Relato de Anorexia Nervosa

Paciente J, sexo feminino, 40 anos.

Relato de Anorexia Nervosa da paciente J, sexo feminino, 40 anos.

Hoje com 40, desde os 14 convivo com um transtorno alimentar. Nos seis últimos anos, o meu quadro, que já foi bastante agudo, se estabilizou. Trata-se de um exercício diário de amor próprio e do entendimento de que aquilo que me norteou por toda adolescência e parte da juventude estava equivocado.

Não é fácil, mas tampouco é impossível. Foram idas e vindas, muitas pessoas envolvidas, o cotidiano da minha família, que sempre esteve ao meu lado, afetado. Estar no limite crítico não bastou para que eu tomasse consciência da gravidade do quadro. Isso só aconteceu após uma junção de eventos, dentre os quais uma internação por três meses numa enfermaria de comportamento alimentar em um hospital psiquiátrico. Este fato pontual foi meu primeiro passo rumo à redenção. Soma-se à ele a sorte de ter encontrado pela primeira vez, após diversos tratamentos, uma equipe competente para me resgatar.

A presença incondicional daqueles que me amam também compõe esta equação. Acredito que a cada dia dou um novo passo e a evolução se faz presente em pequenos momentos que comprovam que existe uma vida além das obsessões, regras e tabus impostos pela anorexia. Se eu pudesse voltar no tempo, certamente diria àquela garota de 14 anos para buscar um propósito que a libertasse deste fardo.

Existe por aí um mundo cheio de cores e possibilidades e reduzi-lo a um ideal estético é penoso demais. A batalha ainda é diária, mas me sinto fortalecida, capaz de lidar com assédio de pensamentos doentes que invariavelmente virão. Sigo a minha jornada e hoje, mais do que nunca, acredito que o pior ficou para trás.

Higiene do sono

Você repara na qualidade do seu sono?

* Por Dr. Alexandre de Rezende

Higiene do sono: Você repara na qualidade do seu sono?

O sono é uma resposta fisiológica do nosso organismo, dele necessitamos para restaurar nossas energias e é essencial para nossas vidas. É um hábito adquirido e comandado pelo chamado relógio biológico. Pode, entretanto, ser alterado por uma série de fatores: doenças físicas, problemas emocionais, transtornos mentais, uso de drogas ou de substâncias estimulantes, ou por distúrbios do próprio sono.

Além da correção da causa subjacente, algumas medidas favorecem a sua regularização:

  • Tenha horários regulares para deitar e levantar.
  • Evite dormir períodos prolongados durante o dia. Sonecas curtas ou pequenos cochilos durante o dia ou até mesmo nos intervalos de trabalho em geral são suficientes para restauras as energias.
  • Evite ficar acordado na cama por longos períodos. Se por acaso perder o sono durante a noite, levante-se e procure fazer algo monótono, como ler e ver televisão, e voltar para a cama quando estiver sentindo sono novamente.
  • Evite realizar na cama toda e qualquer atividade além de dormir e praticar sexo, como assistir à televisão, fazer refeições, fazer leituras prolongadas ou ficar deitado ouvindo música ou noticiário por longos períodos.
  • Evite utilizar celulares, tablets ou computadores antes de dormir. A luz emitida por esses aparelhos é prejudicial.
  • Evite usar bebidas ou outras substâncias estimulantes à noite, principalmente perto da hora de dormir: chá preto e mate, café, colas e guaraná. Evite fumar próximo à hora de deitar. Pode-se tomar algumas bebidas relaxantes, como chá de erva-cidreira ou camomila, ou leite morno.
  • Evite também fazer uso de álcool, pois embora possa provocar sono logo após a sua ingestão, algumas horas depois, à medida que os níveis no sangue diminuem, pode provocar um efeito contrário.
  • Procure manter seu quarto de dormir sempre escuro, com uma temperatura ideal: nem muito frio, nem muito quente, com boa ventilação e sem muitos ruídos.
  • “Desligue as turbinas” pelo menos umas duas horas antes de dormir. Evite fazer atividades estimulantes muito próximas à hora de dormir, tais como exercícios físicos intensos, banhos muito quentes e prolongados, assistir a filmes muito violentos ou excitantes. Evite tentar resolver problemas difíceis antes de deitar.
  • Procure, durante o dia, praticar algum exercício físico regular.
  • Tente ouvir uma música monótona ou fazer uma leitura leve durante alguns minutos ao deitar, isso pode auxiliar na indução do sono.
  • Procure não dormir com fome e nem fazer refeições “pesadas” antes de deitar.
  • Evite abusar de remédios para dormir, nunca tome por conta própria, siga sempre as orientações médicas.

Como passar pela experiência de isolamento social

Leiam algumas dicas de como passar pela experiência de isolamento social.

* Por Diana Lopes

Como passar pela experiência de isolamento social: neste momento que estamos vivendo, com certeza já passou pela sua cabeça como será passar por isso. Certo?

COMO PASSAR PELA EXPERIÊNCIA DE ISOLAMENTO SOCIAL

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a COVID-19, nova doença causada pelo novo coronavírus, é uma pandemia. Devido ao pouco tempo da doença e as atualizações serem constantes, estamos sendo expostos a uma quantidade enorme de informações e notícias sobre como lidar com a doença e, principalmente, de como prevenir a contaminação. Entre as recomendações, as mais indicadas e praticadas pelos outros países, são o distanciamento e o isolamento social. 

Essas medidas de contenção à rapidez do contágio pelo coronavírus são as práticas de “linha de frente”, considerando que a velocidade da contaminação é a maior característica dessa doença e a consequente pandemia. E nesse contexto, é necessário considerar o perfil cultural do brasileiro, marcado pela proximidade afetiva, uma vez que para lidar com a disseminação da doença exige uma importante mudança desse comportamento. 

Diante dessas circunstâncias é comum experimentar ansiedade, insegurança e vulnerabilidade, tanto pela quantidade e velocidade de informações, mas principalmente porque se lida e aprende-se sobre a doença momento a momento e isto exige mudanças em nossa organização cotidiana. Por isso, seguir as orientações dos órgãos públicos de saúde, buscar fontes confiáveis de informação, conversar com os profissionais de saúde, podem ser atitudes que ajudam a passar por esta situação de modo mais seguro.

EVITAR AGLOMERAÇÕES É MUITO IMPORTANTE

Nesse sentido, não precisamos entrar em pânico, mas se torna importante falarmos sobre o distanciamento e isolamento social. As medidas de distanciamento social são aquelas em que se deve evitar aglomerações, ambientes coletivos, respeitar a distância de 1,5m quando estiver com outras pessoas, praticar a etiqueta respiratória, etc. Se formos rigorosos em seguir estas simples medidas poderemos contribuir para a prevenção da disseminação da COVID-19, conviver com as pessoas e conciliar com nossas necessidades afetivas.

Em alguns casos a recomendação é mesmo o isolamento social, ou seja, permanecer em casa e buscar estratégias de mínimo contato com outras pessoas. O isolamento social é mais indicado àqueles que são identificados como grupo de risco, são os idosos, pessoas que tenham condição clínica crônica e/ou que apresente nesse momento quadros compatíveis com as doenças respiratórias. No isolamento social pode ser mais comum sentir-se solitário, sensação de distanciamento afetivo, angústia, tédio, ansiedade, tristeza, tensão, stress, etc. 

A intenção da Clínica Rezende é propor e buscar formas para amenizar essas experimentações desconfortáveis e formulamos alguma dicas que podem ajudar.

DICAS

– Não negue que a situação requer cuidados rigorosos e siga as recomendações, isto será uma importante estratégia para se sentir mais seguro;

– Busque fontes consistentes de informações tais como Ministério da Saúde, vigilância sanitária do estado e local e demais órgãos públicos;

– Fontes seguras de notícias, adquira o hábito de checar as fontes de notícias recebidas por WhatsApp e Facebook, dentre outras;

– Lave sempre as mãos;

– Se precisar sair de casa escreva antes ou mentalize uma estratégia em que possa evitar aglomerações e priorize o mínimo de contato;

– De preferências aos negócios locais e perto de sua residência;

– Se não estiver no grupo de risco, organize seu comportamento e rotina para proteger o grupo de risco;

– Se for do grupo de risco, converse e busque apoio de outras pessoas e profissionais de saúde;

– Não deixe as crianças com os idosos;

– Utilize as mídias sociais para ter contato com outras pessoas e não se sentir sozinho;

– Se puder ofereça home office à sua empresa e estabeleça uma rotina;

– Se estiver em casa, aproveite para organizar aquilo que adiava a tempos;

– Aproveite para ler os livros que tem em casa;

– Organize a sessão de cinema em casa;

– Dê preferência as chamadas de vídeo, ver a imagem das pessoas ao conversar pode amenizar a sensação de solidão;

– Para distrair as crianças proponha trabalhos manuais, jogos de tabuleiro, testar receitas, etc;

– Organize-se com seus vizinhos na partilha e recursos para lidar com a situação: revezamento de quem vai à farmácia, ao supermercado, etc;

– Faça exercícios em casa: combine com seu personal-trainer orientação online, videos no youtube de práticas físicas e danças, use a esteira de casa, etc;

– Faça um dia de SPA em casa;

– Curta este momento para descanso e não faça nada;

CUIDE DA SUA SAÚDE MENTAL

 E não deixe de cuidar de sua saúde mental. Os profissionais da Clínica Rezende estão atentos às atualizações informações sobre o panorama da pandemia e tomam as medidas necessárias para se adequar e prestar o melhor serviço e, assim,  proteger nossos pacientes.

Quando suspeitar de um transtorno alimentar?

Clique aqui para ler quais são os principais sinais de quem está com transtorno alimentar.

* Por Anelisa Rezende

Quando suspeitar de um transtorno alimentar?

De acordo com a nutricionista e pesquisadora Sophie Deram: “antigamente, acreditava-se que os transtornos alimentares só aconteciam com meninas adolescentes. Este não é mais o caso. Mais homens, mulheres, meninos e crianças cada vez mais jovens, estão procurando tratamento para dificuldades ou transtornos alimentares”.

Por isso a importância de conscientizar a população sobre os transtornos alimentares e os problemas de imagem corporal para que possamos identificar possíveis sinais de alerta para a presença ou risco de um transtorno alimentar e buscar ajuda profissional.

SINAIS DE TRANSTORNO ALIMENTAR:

  • Perda de peso rápida ou flutuações drásticas de peso
  • Preocupação com peso, alimentos, rótulos dos alimentos — e dietas
  • Evita refeições e situações que envolvam alimentos
  • Ingestão excessiva de líquidos ou negação de fome
  • Atividade física excessiva ou muito rígida
  • Isolamento dos amigos e das atividades usuais
  • Mudança no estilo de se vestir, como excesso de roupas para cobrir o corpo ou roupas reveladoras para ostentar a perda de peso
  • Vômitos autoinduzidos ou abuso de laxantes, diuréticos ou pílulas dietéticas

Se você perceber em pessoas próximas a presença de alguns desses sintomas converse com a mesma sem julgamento, podendo fazer perguntas como: “eu notei que você não tem comido sobremesa recentemente. Há uma razão para você estar fazendo isso?”. “Eu percebi que você está fazendo exercícios extenuantes nos últimos dias. Com qual objetivo?”… Caso não consiga ter acesso a essa pessoa de forma direta e confortável, pergunte à amigos próximos, familiares e parceiros(as) se perceberam os  comportamentos citados acima nos últimos tempos.

Prestar atenção nos discursos associados à alimentação pode ajudar muito os pais, tios, tias, avós, maridos, namorados e profissional na prevenção e/ou suspeita de um transtornos alimentar, como, por exemplo, se na mesa de refeições a conversa gira em torno das dietas, das calorias, do “isso engorda”, “isso não pode”, “vou comer, mas depois queimo tudo na corrida”…

Atitudes solidárias como esta pode ser de grande valia para despertar a consciência de quem está acreditando que ninguém está percebendo o que está se passando e auxiliar tanto na prevenção quando no tratamento de transtornos alimentares, por isso, fiquem atentos.

Referências:

https://www.genta.com.br/sera-que-meu-filho-tem-um-transtorno-alimentar/

http://www.euvejo.vc/na-prevencao-dos-transtornos-alimentares-somos-todos-responsaveis/

Síndrome de Burnout

Síndrome de Burnout, você sabe o que é? 

* Por Fernanda Rezende

Síndrome de Burnout, você sabe o que é?

SÍNDROME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento
Profissional, é considerada como um evento psicossocial ligado diretamente à situação laboral, em que o sujeito busca a realização pessoal através do seu trabalho. Portanto, é tida como uma doença de trabalho.

O termo “burn” significa queima e “out” significa exterior, sugerindo que a
pessoa com esse tipo de estresse se consome física e emocionalmente, passando muitas vezes a apresentar um comportamento agressivo.
A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.

Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como professores, médicos, enfermeiros, policiais, jornalistas dentre outros.

A Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações
em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidade suficiente para os cumprir.

OS PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO:

 Nervosismo;
 Sofrimentos psicológicos;
 Problemas físicos (dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas). O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes,
podem indicar o início da doença.

Para o diagnóstico, deve-se levar em conta as características individuais de cada um, associadas às do ambiente e às do trabalho, que propiciam o aparecimento dos fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional, distanciamento afetivo e a baixa realização profissional.

A prevalência do Burnout nos vários países ainda é incerta, mas dados apontam acometimento significativo que justifica mais estudos a respeito dessa patologia com fatores de risco multifatoriais (indivíduo, trabalho, organização).

TRATAMENTO

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver o uso de medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilo de vida (atividade física e de relaxamento, dieta equilibrada, etc.) são fundamentais.

PREVENÇÃO

Principais formas de prevenção:
 Defina pequenos objetivos na vida pessoal e profissional;
 Faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em
restaurantes ou ir ao cinema;
 Evite contato com pessoas negativas, principalmente quando o assunto for relacionado ao trabalho;
 Converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo;
 Não se automedique.

Para mudanças positivas, as decisões nas instituições têm de ser baseadas em evidências científicas sobre a abordagem e o tratamento que  mantenham a saúde mental para, só assim, alterarem as políticas de benefícios e os recursos humanos direcionados.

Fonte: Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/sindrome-de-burnout

Parar de fumar é possível!

Parar de fumar é uma das melhores coisas que alguém pode fazer para a sua saúde, não existem dúvidas quanto a isso.

* Por Leonardo Martins

Parar de fumar é uma das melhores coisas que alguém pode fazer para a sua saúde, não existem dúvidas quanto a isso.

Ajudar alguém a parar de fumar é algo tão importante quanto e pode ser decisivo.

O tabagismo é o principal fator de risco isolado, ou seja, que sozinho pode levar a mais de 50 doenças diferentes, muitas delas extremamente graves e fatais. Apesar disso, é muito importante sabermos que a dependência de nicotina, substância presente no tabaco, faz com que parar de fumar sem ajuda ou tratamento, seja algo muito difícil para grande maioria das pessoas.

BUSCAR AJUDA É IMPORTANTE

Antes de qualquer informação adicional, é importante que você que quer parar de fumar ou que gostaria de ajudar alguém a parar, saiba que existem diversos recursos que podem lhe ajudar.

O tratamento adequado, com a ajuda de uma equipe de profissionais de saúde especializados, faz toda a diferença.

Muitas pessoas acreditam não ser possível parar por terem tentado sozinhas ou por terem utilizado métodos que não foram efetivos ou que podem até mesmo terem trazido maiores prejuízos do que benefícios. Diversos estudos científicos, inclusive o próprio Instituto Nacional de Câncer e Organização Mundial de Saúde, mostram que parar de fumar com ajuda especializada é importante e que possui muito mais chances de sucesso.

Como profissionais de saúde, sabemos que é grande a dificuldade em se decidir parar de fumar e, que é especialmente difícil manter-se abstinente (sem fumar).

TRATAMENTO ADEQUADO

A ciência mostra que isso não é “falta de força de vontade”, um “problema de caráter” ou qualquer coisa do tipo. A dependência de nicotina exige um tratamento adequado conduzido por profissionais de saúde, como qualquer outro problema de saúde.

O tratamento do tabagismo e a busca por novos hábitos saudáveis apesar de ser algo muito positivo para a saúde, é difícil para quem quer parar. A melhor maneira de ajudarmos é compreendendo esta dificuldade e buscando de forma gentil, apoiar e oferecer a esta pessoa o máximo de recursos possíveis através de ajuda profissional.

A partir de uma avaliação geral, necessidades médicas, psicológicas e relacionadas à mudança de hábitos de vida podem ser planejados.

Algumas pessoas, podem se beneficiar do uso de medicações próprias, outras da reposição de nicotina através de adesivos, gomas de mascar, sendo que outras podem ter em um grupo de apoio o recurso que precisam para compartilhar dificuldades e pensar em alternativas ao tabaco no dia-a-dia. E podem ainda utilizar todos estes recursos, dentre outros como contarem com o apoio da família. Mitos comuns estão associados com tentativas de parar sem este tipo de ajuda profissional. Por exemplo, ficar irritado, ter aumento de peso ou coisas do tipo.

Sabemos que a parada com ajuda profissional, na verdade, está voltada para a busca de uma melhor saúde – em todos os seus aspectos. É comum que a irritação ou mesmo o aumento de peso, estejam ligados a falta de recursos ou mesmo a um aconselhamento profissional precário.

A busca por viver mais e melhor pode incluir não só parar de fumar como também aprender estratégias para lidar com estresse, melhorar a alimentação, iniciar a prática de atividades físicas, dentre outras práticas de auto-cuidado que podem contribuir para uma vida que possa vale a pena.

TIPOS DE CÂNCER ASSOCIADOS AO TABAGISMO

Parar de fumar pode ser uma estratégia que contribua para evitar todos os tipos de câncer que estão diretamente associados com o tabagismo:

  • Câncer de bexiga
  • Câncer de pâncreas
  • Câncer de fígado
  • Câncer do colo do útero
  • Câncer de esôfago
  • Câncer nos rins
  • Câncer de laringe (cordas vocais)
  • Câncer na cavidade oral (boca)
  • Câncer de faringe (pescoço)
  • Câncer de estômago
  • Leucemia mielóide aguda

Além de evitar doenças coronarianas e acidentes vasculares cerebrais, uma vez que tabagistas possuem até 4 vezes mais chances de tê-los ou mesmo doenças pulmonares obstrutivas crônicas, uma vez que tabagistas tem 13 vezes mais chances de as possuírem. Segundo dados da American Cancer Society, para cada maço de 20 cigarros  (que custam em média R$ 9,00), cerca de R$ 50,00 são gastos com doenças relacionadas ao tabaco.

Evitar tais custos com saúde no futuro, evitar as doenças mencionadas e junto disso buscar viver com mais qualidade de vida, sempre será uma oportunidade.

Procure um profissional de saúde de confiança e peça ajuda.

Fonte:

https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo

 

 

Por que ir ao psiquiatra?

Porque ir ao psiquiatra? Acreditamos que você já tenha se feito essa pergunta ao menos uma vez.

* Por Fabrício de Oliveira

Por que ir ao psiquiatra? Acreditamos que você já tenha se feito essa pergunta ao menos uma vez.

Por que ir ao psiquiatra?

Cresci escutando a frase: “Psiquiatra é médico de louco”. Na realidade, psiquiatra é um médico que trabalha, sobretudo, com problemas emocionais, sendo que estes podem ser de vários tipos: transtornos ansiosos, depressivos, do sono, psicóticos, entre outros. O que as pessoas não sabem é que 80% dos pacientes que procuram meu consultório apresentam problemas relacionados à ansiedade, irritabilidade, tristeza e cansaço físico e mental.

Atualmente, quem pode dizer que não apresenta alguma dessas queixas em maior ou menor grau? Não poderia ser diferente. É raro quem não enfrenta problemas cotidianos de insegurança, dificuldade de sobrevivência, falta de trabalho (ou ameaça de sua perda), incerteza quanto ao retorno positivo dos esforços profissionais, competitividade profissional e social, compromissos sempre mais exigentes, perspectivas negativas para o futuro, e assim por diante.

Quer dizer que todos que sofrem de estresse devem procurar um psiquiatra?

Não, mas todos deveriam procurar medidas que diminuam o impacto do estresse diário. A realização de atividades físicas de forma adequada e regular e uma alimentação saudável podem trazer muitos benefícios. A prática de atividades religiosas já é comum e, cada vez mais, estudos científicos estimulam que essas sejam feitas.

Infelizmente é frequente que se encontre quem esteja tão exausto que a mudança do estilo de vida lhe pareça impossível. Algumas das pessoas que passam por isso, podem estar, por exemplo, com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Sintomas típicos associados ao TAG são: medo; ansiedade e preocupação generalizados; cansaço físico e mental; dificuldade de concentração; tensão muscular; irritabilidade; sono de baixa qualidade.

Todos nós podemos apresentar sintomas ansiosos e depressivos, sem que esses representem necessariamente um transtorno psiquiátrico. Mas se os mesmos estiverem ocorrendo de forma muito intensa ou por longo período, é recomendado que procure seu médico de confiança. Caso ele o encaminhe para o psiquiatra, não estranhe tal atitude, pois saiba que um tratamento bem conduzido pode trazer diminuição significativa do sofrimento emocional.