* Por Carolina Conti
Desde pequenos somos capazes de aprender a cuidar da nossa saúde emocional. E os pais ou responsáveis são modelos e podem e devem ajudar as crianças a fazerem isso. Mas como?
As emoções são manifestações corporais que ocorrem na interação entre a criança e seu ambiente. Elas nos ajudam na sobrevivência e nas dificuldades do dia a dia. Tudo o que sentimos é natural do ser humano, mesmo aqueles sentimentos mais incômodos, como a raiva, o medo, a tristeza… Esses sentimentos sinalizam para o nosso corpo que é hora de usar alguns recursos para enfrentar situações. Por exemplo, diante de um perigo iminente, sentimos medo e apresentamos respostas fisiológicas e comportamentais devido à antecipação a esse perigo. Ficamos mais alertas à situação e muitas vezes precisamos fugir para não nos colocarmos em risco.
Ao invés de falar “não precisa ficar triste” ou “você não pode ficar bravo com seu irmão”, por que não usamos “percebo que você está mais calado e que está triste” ou “entendo que está bravo, mas bater machuca o seu irmão”? Muitas vezes o que precisa ser limitado é o comportamento da criança, caso este seja indesejado ou inadequado.
Outro ponto importante é criar oportunidades para a criança estabelecer relações sociais e interagir com pessoas variadas, aprender a resolver problemas e lidar com a frustração. Dessa forma, ajudamos nossas crianças a desenvolverem um repertório social e emocional mais forte e saudável.
Agora, para ensinar isso às crianças é preciso saber e fazer. Já ouviu aquela frase “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”? Então, os pais que priorizam sua saúde física e emocional, mantém uma boa alimentação e cultivam boas relações, serão modelos importantes no cuidado da saúde emocional.
E você, acolhe suas emoções?
Carolina Conti -Psicóloga Infantil – CRP 04/29510