Confira dicas de alimentação saudável para auxiliar na prevenção da doença.
Também conhecido como Câncer de Cólon e Reto ou Câncer de Intestino, o Câncer Colorretal é um dos tipos mais frequentes entre homens e mulheres. Essa doença passou a ganhar destaque na mídia ao ser diagnosticada em famosos como o Rei Pelé e a cantora Preta Gil. Durante este mês, o tema está em maior evidência por conta da campanha “Março Azul Marinho”, com foco nas ações de conscientização e prevenção.
O Câncer Colorretal possui fatores de risco associados a componentes genéticos e comportamentais. Pessoas com casos na família devem fazer acompanhamento médico para o rastreamento precoce. Já quem não possui histórico familiar, deve investir em um estilo de vida saudável. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) alerta que apenas uma pequena parcela dos cânceres é herdada; os fatores comportamentais e ambientais são os mais importantes e podem ser modificados.
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física e a alimentação balanceada são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino. A fim de auxiliar nas técnicas de promoção a uma rotina mais saudável, a Dra. Luiza Junqueira Villar, nutróloga da Clínica Rezende, compartilhou algumas dicas práticas. Confira:
Segundo a especialista, manter uma rotina alimentar planejada e organizada, sabendo quais são os melhores alimentos indicados para cada refeição, ajuda a manter o hábito saudável. “Na correria do dia a dia, a opção mais prática não costuma ser a mais saudável e aí recorremos ao fast food, comidas congeladas industrializadas, etc”.
A hidratação em dia proporciona uma série de benefícios para o organismo: a água é importante para o bom funcionamento do intestino, para garantir energia para as tarefas do dia a dia (incluindo atividade física e planejamento alimentar) e também é uma grande aliada no combate à obesidade. “Às vezes confundimos sede com fome, o que pode levar a escapes na dieta e ao excesso de peso”, comenta.
A Dra. Luiza destaca que os alimentos ultraprocessados, como biscoitos industrializados, sorvetes e refrigerantes, são formulados com aditivos químicos que contribuem para o aumento da obesidade, doenças vasculares, diabetes e câncer. A dica é fazer uma substituição simples e eficiente: “descascar mais e desembalar menos”.
De acordo com a nutróloga, nenhum alimento isolado tem o poder de causar uma doença e nem de curá-la, mas existe um padrão alimentar relacionado ao aumento de risco do câncer colorretal: “alto consumo de alimentos ultraprocessados, destacando as carnes processadas (salsicha, mortadela, bacon, entre outros), alto consumo de carne vermelha e baixo consumo de fibras (legumes, verduras, frutas e cereais integrais)”.
Ela explica que as carnes processadas estão classificadas no grupo 1 de carcinogênicos – comprovadamente associadas ao desenvolvimento da doença. “Estima-se que o consumo de uma porção diária de 50 gramas de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal em 18%. Em relação às fibras, a recomendação de consumo diário para um adulto saudável é de 25g a 30g e tem efeito protetor contra o câncer colorretal”.
A doença costuma ser silenciosa nas fases iniciais. Conforme vai avançando, pode ocorrer a presença de sangue nas fezes, dores e cólicas abdominais frequentes, alterações no ritmo intestinal (diarreia ou constipação) e emagrecimento rápido e não intencional, além de anemia, cansaço e fraqueza.
O Ministério da Saúde reforça que esses sintomas geralmente não são causados por câncer, mas devem ser investigados por um especialista, e recomenda a realização de exames de rastreio a partir dos 45 anos. O câncer colorretal possui 90% de chance de cura com o diagnóstico precoce. Invista nas estratégias de prevenção, fique de olho nos sinais de alerta e conte sempre com a orientação de um profissional de saúde em caso de dúvidas!