Disfagia é a alteração da deglutição caracterizada pela dificuldade de levar o alimento ou saliva da boca ao estômago.
A deglutição normal requer uma atividade coordenada dos músculos da boca, faringe, laringe e esôfago, os quais são inervados pelo Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. A coordenação entre os sistemas respiratórios e digestivos superiores durante a deglutição são essenciais para uma alimentação segura e eficiente.
Disfagia é um distúrbio de deglutição não considerado uma doença, e sim um sintoma de alguma doença de base. Trata-se de um sintoma que pode ser causado por várias doenças e se manifestar em qualquer idade.
A deglutição é composta por cinco fases: a antecipatória, preparatória, oral, faríngea, e esofágica. A disfagia é definida como o comprometimento de uma ou mais dessas fases. Essas alterações, com prevalência de 16 a 22% na população acima dos 50 anos (Santoro 2008), podem levar a ocorrência de distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão, bem como a complicações broncopneumônicas e nutricionais.
O envelhecimento não causa disfagia, mas idosos que apresentam doenças associadas como diabetes, hipertensão arterial sistêmica e doenças neurológicas apresentam maior probabilidade de ter disfagia. As fases da deglutição são afetadas com a idade, levando a mudanças no paladar, nas preferências alimentares, no prolongamento no estágio oral da deglutição, pela redução da força e mobilidade afetando a fase automática da deglutição.
Estes sinais citados acima podem provocar entrada de alimento no pulmão e causar pneumonia, desidratação e desnutrição.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar pode evitar problemas mais sérios e promover melhor qualidade de vida.
Artigo: Editorial II Disfagia Orofaríngeas panorama atual epidemiologia, opções terapêuticas e perspectivas futuras Patrícia Paulo Santoro(2008).
Disfagia: realidade atual e abrangência do problema. Pere Clavé 1, Reza Shaker 2, Cefac 10(2) 2008.
Livro: Disfagia Orofaríngeas. Volume l Ed. Pró Fono. Ana Maria Furkin, Célia Regina Queiroz Salviano Santini (2001).
O que você tem a dizer sobre você? O que é que você tem a dizer sobre o que você sente? Alguém pode dizer por você aquilo que você não diz? E aquilo que você não disse? Para onde será que foi?
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