31 de Maio – Dia Mundial Sem Tabaco
O Dia Mundial Sem Tabaco foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.
O tabagismo é a maior causa de morte evitável no mundo. O número de mortes por doenças relacionadas ao tabaco ultrapassa 5 milhões por ano desde 1990 (1). O tabagismo foi o segundo maior fator de risco para morte prematura e incapacidade no mundo em 2015 (2).
A pandemia do novo coronavírus é mais um motivo para você parar de fumar. Fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção por esse novo vírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade de transmissão do vírus para a boca. Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19 e que é um agravante da doença devido a um possível comprometimento pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.
No entanto, parar de fumar é possível! No Brasil, a prevalência do tabagismo vem diminuindo nas últimas décadas, com queda acentuada entre 1989 (31,7%) e 2016 (10,2%) (3). Isso se deu graças à adoção de uma série de medidas de controle do tabaco, tais como aumentar os impostos sobre o cigarro, a advertência sobre os perigos do tabaco, a proteção da população contra a fumaça dos cigarros (como a proibição de se fumar em determinados ambientes). E, por fim, a oferta de ajuda para cessação dessa dependência.
O tratamento vai se basear na implementação de estratégias não farmacológicas e farmacológicas. Diversos estudos revelam que o aconselhamento por um profissional da saúde aumenta as taxas de sucesso na cessação do tabagismo. Dentre essas abordagens não farmacológicas é importante ressaltar que cada fumante estabelece uma relação com o cigarro. Assim, deve-se identificar as crenças e os comportamentos associados aos hábitos de fumar e ajudar o paciente a mudar esses hábitos, assim como ajudá-lo a compreender de que forma essas crenças e comportamentos contribuem na manutenção do tabagismo.
Já o tratamento farmacológico deverá ser individualizado e contribuirá para a redução dos sintomas de abstinência. Baseia-se na reposição de nicotina, através de adesivos, pastilhas ou gomas de mascar, ou no uso de algumas medicações, como a bupropiona ou a vareniclina.
Para saber mais: www.inca.gov.br.
3. Ministério da Saúde (BR). Vigitel Brasil 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016. Brasília: Ministério da Saúde;2017.
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